COP30. Portugal quer "partilhar mecanismos de controlo e combate"

Portugal assumiu, num grupo de 49 países, o compromisso de combater os incêndios florestais através da prevenção e de maior cooperação internacional. O objetivo, diz Luís Montenegro, "é partilhar mecanismos de controlo e combate".

Inês Moreira Santos - RTP /
António Lacerda - EPA

Um grupo de 49 países, incluindo Portugal, comprometeu-se a combater os incêndios florestais através da prevenção e de uma maior cooperação internacional. O compromisso foi assumido na Cimeira de preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima.

"Há uma alteração do ponto de vista ambiental e climático que é global. Este não é um assunto apenas daqueles que se confrontam com ele mais diretamente. É de todos", afirmou o primeiro-ministro à margem da COP30, no Brasil, falando do aquecimento global e do aumento dos incêndios florestais.

Além disso, não é possível "termos todos os países com toda a capacidade durante todo o ano, alocada a este fenómeno", referindo-se ainda aos incêndios. "Portanto, temos de ter mecanismos para interagir também nas capacidades, nomeadamente de combate".

No compromisso “Chamado à Ação sobre Manejo Integrado do Fogo e Resiliência a Incêndios Florestais”, os signatários reconhecem que os incêndios são uma das manifestações mais dramáticas das alterações climáticas, afetam todos os Estados por igual e constituem um desafio que “nenhum país é capaz de enfrentar sozinho”.

"O que nós quereremos é partilhar conhecimento, partilhar experiência, mas também depois partilhar mecanismos de controlo e combate", disse ainda Montenegro. "Nós podemos ajudar alguns países, em determinadas épocas do ano, como outros países nos podem ajudar a nós na época mais problemática".

Foi por isso constituído um grupo de trabalho conjunto entre os governos para, “no contexto internacional, construir uma posição comum".

Na reunião, Luís Montenegro apresentou o Plano para as Florestas do Governo português para 2025/2050, que "abarca não apenas o tratamento e ordenamento florestal, (...) mas também uma série de instrumentos, nomeadamente jurídicos (...) e na gestão de propriedade".
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